Geração compartilhada de energia solar: saiba o que é e como funciona

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Quem nunca ouviu falar da geração compartilhada de energia solar pode pensar que o termo é estranho. Afinal, como isso acontece? É possível compartilhar energia? De fato, isso é possível e já acontece no Brasil, sendo regulado desde 2015 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

As regras da ANEEL de geração compartilhada de energia permitem que a prática seja feita por pessoas físicas ou jurídicas. Há também restrições, mas em geral essa é uma boa opção para se reduzir custos com a energia elétrica.

Neste artigo você vai entender melhor e descobrir tudo sobre o assunto!

O que é geração compartilhada de energia solar?

Para entender o que é geração compartilhada de energia solar, é importante ler o que define a própria ANEEL sobre o conceito:

“Reunião de consumidores, dentro da mesma área de concessão ou permissão, por consórcio ou cooperativa, composta por pessoa física ou jurídica, que possua unidade consumidora com microgeração ou minigeração distribuída em local diferente das unidades consumidoras nas quais a energia excedente será compensada.”

Portanto, o que se entende é que a geração compartilhada é quando duas ou mais pessoas ou empresas se reúnem para produzir energia. Neste caso, estamos falando da energia solar, que é obtida através da luz do sol.

Entre os requisitos, a ANEEL determina que a energia do conjunto de empresas/pessoas que se reuniu seja gerada pelo mesmo sistema. Se forem pessoas físicas, devem estar na mesma região da concessionária.

Sistema de compensação

Outro conceito importante quando se fala da geração compartilhada de energia solar é o “sistema de compensação”. A ANEEL estipula que a energia produzida deve repassar para um destino diferente daquele original.

No sistema de compensação, a energia elétrica excedente deve se transformar em créditos para a concessionária responsável pela região. Se a geração do sistema foi de 100 kWh e se consumiu apenas 90 kWh, há 10 kWh de excedente. Essa energia deve ser repassada à concessionária, mas pode virar crédito nas futuras contas da energia.

Resolução Normativa nº 687: regras da ANEEL

Entre as regras da geração compartilhada que você deve conhecer, está a Resolução Normativa nº 687. Provavelmente, ela é a mais importante que se fala nesse tema de compartilhar a energia solar.

Graças a essa resolução, há três modalidades de compartilhamento:

  • Empreendimento com múltiplas unidades consumidoras;
  • Autoconsumo remoto;
  • Geração compartilhada.

Nos tópicos a seguir você entenderá melhor sobre cada uma das modalidades!

Empreendimento de múltiplas unidades consumidoras

Esse tipo de energia compartilhada também é chamado de Condomínio Solar. Ele funciona como um sistema para condomínios com fins residenciais, sejam horizontais ou verticais.

Nessa modalidade, cada unidade consumidora (casa ou apartamento) tem uma fração do uso da energia. Além disso, as áreas comuns (aquelas utilizadas por todos) também são uma outra unidade. Assim, todos que residem naquele condomínio podem compartilhar do mesmo sistema.

Autoconsumo remoto

No autoconsumo remoto, a produção da energia é de apenas um proprietário, seja CPF ou CNPJ. Mesmo assim, pode estar ligado a filiais, por isso é compartilhado.

Se você tem uma casa na cidade e outra na praia, esse é um bom exemplo. Poderá ter um sistema de energia solar em uma das casas e compartilhar com a residência do outro endereço, que também pertence a você.

Essa é uma opção interessante para empresas que tenham uma sede e filiais. Assim, é possível compartilhar a energia entre todas, sempre levando em consideração aquelas da mesma região da concessionária, conforme as regras da ANEEL.

Geração compartilhar

Nesta modalidade se reúnem vários consumidores. Normalmente, isso acontece por cooperativas ou consórcio, dividindo os custos e compartilhando a energia.

De acordo com as regras da ANEEL, é obrigatório que o sistema que irá gerar a energia seja implementado em uma localização diferente das unidades que serão consumidoras.

Esse tipo de modalidade é muito comum em cooperativas agrícolas, por exemplo. Assim, todos se beneficiam da energia para o mesmo fim e estão fortalecendo a atuação um do outro, além de reduzir custos.

Por que usar a energia solar compartilhada?

Você já entendeu o que é geração compartilhada de energia solar, mas quais são as vantagens? É claro que tudo depende do seu contexto, mas as vantagens gerais são comuns para todos os casos. A seguir você entenderá melhor!

Economia

De fato, a primeira e mais atrativa vantagem é a economia de custos. Em um país onde a energia elétrica tem sofrido aumentos constantes na cobrança, esse ponto é o que chama mais atenção.

Ao compartilhar a energia, você também compartilha os custos. No caso da energia solar, que também é uma fonte de energia sustentável e renovável, é possível viabilizar a instalação das placas. Para algumas pessoas, é difícil esse investimento de forma solitária, mas compartilhar o custo pode ser viável.

Desta forma, além de reduzir a conta de energia elétrica, você vê o retorno do investimento em poucos anos. Essa alternativa de custo-benefício positivo vale tanto para residências quanto para empresas de todos os tamanhos, inclusive rurais.

Segurança

Sem dúvida, você não terá mais medo dos famosos “apagões”. Quem viveu no Brasil há algumas décadas sabe que o racionamento de energia foi uma realidade assustadora. Porém, a energia solar é um investimento que traz segurança.

É importante citar também que a luz solar é uma fonte inesgotável de energia. Portanto, se você tiver a tecnologia certa para transformar isso em energia elétrica, não terá preocupação.

Para quem trabalha com muitas máquinas de produção em vários setores, essa segurança é fundamental. Compartilhando os custos ela se torna ainda mais possível de ser implementada.

Sem riscos ao meio ambiente

Atualmente, a energia solar é uma das que mais reduz os danos ao meio ambiente na geração de energia elétrica. Por isso, é considerada fundamental para o tema da sustentabilidade na geração de energia.

Empresas e pessoas preocupadas com as alterações climáticas têm se comprometido cada vez mais em mudar o seu consumo de energia. Para isso, a geração compartilhada é uma opção interessante, pois também evita que existam perdas. Ou seja, além de ser uma fonte limpa de energia, também é inteligente.

Energia solar no Brasil

Hoje, a matriz energética nacional é composta por mais de 80% de fontes renováveis. A fonte solar está entre elas, inclusive.

Embora a energia renovável mais usada no Brasil seja originada de hidrelétricas, a energia solar tem crescido. Atualmente, o país é o 4º que mais cresce na produção e uso desse tipo de energia, confirmando a tendência mundial.

Os dados são da Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA) e Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Eles confirmam o que o mercado já espera: que a energia solar continue avançando nos próximos anos.

A opção da geração compartilhada de energia solar também deve crescer. Com o custo de instalação ainda alto, essa é uma forma de poder aderir sem pagar tanto. Além disso, em condomínios essa tem sido a alternativa mais lógica e sustentável.

Em 2021, a energia solar no Brasil teve mais de R$ 78,5 bilhões de investimentos acumulados. Com relação ao meio ambiente, evitou-se que 20,8 milhões de toneladas de CO2 fossem gerados.

Antes de optar pela geração compartilhada de energia solar, é importante entender a necessidade dos consumidores em questão. E mais do que isso: há várias formas de se viabilizar o projeto.

Você precisa entender: qual é a real necessidade de consumo? Como se adequar às regras da ANEEL? Onde deve ser instalado o sistema de geração de energia? Qual será a redução de custos obtida?

A Helexia é especialista em geração compartilhada de energia e possui expertise em eficiência energética. A empresa já instalou usinas e coberturas fotovoltaicas para diferentes consumidores e trabalha com foco na transição energética para a redução de custos e preservação ambiental.

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